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Inovação, Tendências e Gestão

A palavra “média”, antes de empresa, pode definir algumas características. O tamanho, o faturamento, número de funcionários, regime tributário, entre outras coisas. Dados como estes ajudam a rotular as companhias, mas não são suficientes para retratar com precisão uma média empresa. Por trás dos números, há histórias. Muitas vezes, de um pequeno negócio familiar que começou um processo de expansão e que tomou proporções bem maiores. Tantas outras que começam de um sonho empreendedor e de ideias inovadoras. O fato é que elas existem. As companhias de médio porte estão entre as mais de 20 milhões de empresas ativas calculadas pelo Mapa de Empresas do Ministério da Economia. Mas quem são elas?

Os empregos gerados pelas médias empresas, segundo o Sebrae, com dados do Dieese, somaram 4.582.951 em 2018 (dado consolidado mais recente, antes da pandemia), o equivalente a 13,96% do total no país. No entanto, em outras estatísticas, como no Mapa de Empresas do Ministério da Economia, do Governo Federal, as médias e as grandes aparecem sempre juntas. Não há uma pesquisa que classifique apenas as médias no que se refere à soma de empresas ativas de médio porte. Do total de 20.604.434 de CNPJs, as de médio porte estão entre as 1.304.476 denominadas “Outras Ativas”. Com as médias coladas nas grandes, os empresários podem se sentir no escuro. E com razão. Basta uma rápida pesquisa no Google para ver a discrepância entre a enorme quantidade de estudos que envolvem as pequenas empresas e a escassez de informações sobre as médias. Os micro e pequenos negócios são cercados de números e de referências. Já os médios…

No campo financeiro, a distância também fica evidente. As grandes e pequenas empresas, com suas características singulares, possuem linhas de crédito subsidiadas específicas. Em situações desafiadoras, uma tem a quem recorrer e a outra tem caixa para se manter. Já as médias, mais uma vez, podem se ver no limbo. E nesse terreno nebuloso, os empresários acabam encontrando dificuldades peculiares. “Essas empresas são reduzidas a dois grupos: ‘pequenas e médias’ ou ‘médias e grandes’, mas não se identificam totalmente com nenhum deles”, afirma Rafael Silveira, cofundador e diretor da Mid by Falconi, consultoria de gestão da Falconi que nasceu há cerca de três anos para atender especificamente esse mercado. “As companhias de médio porte possuem problemas distintos em cada fase da jornada.”

Desde a capacitação de todo o quadro de funcionários até o encontro de soluções para seus dilemas em busca de sobrevivência, as médias empresas, muitas vezes, não alcançam o suporte de que precisam. “Na fase em que estão, é bem comum ainda não terem atingido um nível alto de profissionalização, e a gestão dos resultados, principalmente dos econômico-financeiros, continua preliminar”, explica Ana Carolina Takahaschi Moreira, gerente de Segmento da Mid. “Seja por falta de estruturação das informações ou por falta de conhecimento mais aprofundado sobre as alavancas-chave do negócio, a empresa padece com a baixa maturidade na padronização e gestão de processos”, acrescenta.

Em um cenário macroeconômico desfavorável, como o atual de juros altos e de restrição de crédito no mercado, a situação das médias empresas é ainda mais desafiadora. “Fica difícil conseguir honrar as dívidas já adquiridas e obter crédito para novos investimentos. Tudo isso somado à necessidade de manter a operação com resultados satisfatórios”, diz Ana Carolina. A partir da percepção desse caminho tortuoso das companhias de médio porte, a Mid nasceu. Com uma trilha específica para elas, a consultoria veio para democratizar o acesso às melhores práticas de gestão e para possibilitar a construção de organizações robustas e prontas para um crescimento sustentável e significativo para a sociedade.

Com 66% de seus clientes sendo empresas familiares, a Mid percebe que essas corporações possuem muita clareza sobre a entrega de valor ao seu consumidor e buscam manter a consistência dessa geração de valor para a perenidade do negócio. O objetivo é nobre, mas para o alcance dele é preciso maturidade. “É extremamente necessário que as empresas tenham uma gestão efetiva dos seus resultados, principalmente os econômico-financeiros”, afirma Ana Carolina. “Desta forma, é possível identificar rapidamente os riscos e oportunidades para ter uma atuação ágil em alavancas como, por exemplo, o fluxo de caixa, custos e despesas, ciclo financeiro e os indicadores operacionais.”

Não se trata apenas de conhecer a realidade das médias empresas ou de simplesmente querer crescer para se tornar grande. Trata-se de seguir uma jornada intencional em busca de qualidade e de excelência enquanto se faz o percurso. “As companhias de médio porte exercem um papel fundamental para o Brasil. Elas geram uma parte relevante dos empregos formais, e são peças-chave em arranjos econômicos locais”, diz Silveira. “É a atuação regional delas que move fortemente a economia de todo um país.”

fonte: https://midfalconi.com/